Debate televisivo a três
- O candidato da Frelimo,
Filipe Nyusi, ainda não se pronunciou em torno do convite lançado pelo
presidente da RenamoEntende Daviz Simango que um debate entre os candidatos, poderá ajudar os candidatos a melhorarem a sua visão sobre as políticas de governação e desenvolvimento, assegurando, deste modo, respostas mais flexíveis na criação do bem-estar das populações.
“Não só favorável à ideia, mas também entendo que é confrontando e discutindo ideias que efectivamente conseguimos adequar os nossos pontos de vista em relação aos nossos planos e projectos. O debate permite que possamos expressar, expor as nossas ideias e isso é saudável. Portanto estou disponível” – assegurou Simango, no fim da semana passada, em campanha na província de Tete.
Afonso Dhlakama, recorde-se, defendeu a necessidade de um debate público a três sob o argumento de que a ideia “iria ajudar os potenciais eleitores a decidirem sobre a melhor escolha no que toca à votação presidencial de 15 de Outubro próximo”.
Entretanto, adiantou Dhlakama na quinta-feira “eu sei que os outros não vão aceitar porque têm medo. Seria muito bom que aceitassem. Mas, desde 1994, nos tempos do presidente Chissano, eu venho pedindo isso, mas negam. Não aceitam. Gostaria que isso acontecesse porque num instante eu iria arrumar com tudo aquilo (contrapor ideias de outros candidatos), mas não aceitam” – disse Dhlakama.
Tendo aceitado, Daviz Simango desmentiu o pessimismo apresentado por Afonso Dhlakama em relação à aceitação ou não do debate público.
Neste momento, os promotores de debates televisivos esperam o pronunciamento do candidato presidencial da Frelimo, Filipe Nyusi. A confirmar-se, seria a primeira vez que os candidatos presidenciais sentam à mesma mesa para debater os pontos chave em torno dos seus manifestos eleitorais.