A festa de ano novo será passada em Paz. A boa nova foi anunciada, na manhã de hoje, numa conferência de imprensa dirigida pelo líder da Renamo, por telefone. Sem explicar o teor da conversa, Afonso Dlhakama disse que falou com o Presidente da República Filipe Nyusi e acordaram que não haverá ataques em nenhum canto do país, entre as forças da Renamo e as Forças de Defesa e Segurança nos próximos sete dias.
“Anuncio a cessação das hostilidades militares a partir das zero horas de hoje, terça-feira 27 de Dezembro de 2016. Em todo território moçambicano não haverá combate entre as forças armadas da Renamo e as Forças Armadas de Moçambique. E as Forças da Renamo ficarão nas suas bases. Poderão fazer patrulha numa área de três a quatro quilómetros por razões de segurança e, o Presidente da República, quero acreditar, que vai fazer o mesmo. As Forças da FADEMO, FIR também irão se manter nas suas posições”.
De acordo com o líder do maior partido da oposição, a trégua não anula o papel da mediação internacional e se tudo correr bem a cessão de ataques poderá ser prolongada por mais tempo.
“Esta é a experiência que vamos ter. E, se tudo correr bem, poderemos prolongar por mais dias. Agora, o papel da mediação internacional vai continuar. A trégua não substitui as negociações. Ao contrário, a trégua é um sinal para que as pessoas percebam que há possibilidades de acabar com a guerra. A mediação vai continuar depois das festas. Todos poderão regressar a mesa de diálogo e desenhar o papel deles”.
O líder da Renamo reiterou a sua abertura para o diálogo e o desejo de que, em 2017, seja aprovada a criação do grupo que irá apoiar a mediação do diálogo pela Assembleia da República antes das eleições autárquicas. No final da conferência de imprensa o líder da Renamo reuniu-se por telefone com os membros e simpatizantes do seu partido, na sua sede em Maputo.