agosto 2016 ~ Moz Fofoca

domingo, 14 de agosto de 2016

Feira Internacional de Maputo, Moçambique, decorre de 29 de Agosto a 4 de Setembro

Vinte e nove países e regiões estão já inscritos para participarem na 52.ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM-2016), a decorrer de 29 de Agosto a 4 de Setembro, em Ricatla, província de Maputo, informou a entidade organizadora.



O Instituto de Promoção das Exportações (Ipex) adiantou estarem já inscritas empresas de Portugal, África do Sul, Itália, Zâmbia, Zimbabué, Alemanha, Brasil, Itália, França, Angola, Macau, Indonésia, Países Baixos, Emirados Árabes Unidos, Irlanda, Tailândia, Suazilândia, Botsuana, Tanzânia, Malaui, Reino Unido, Bielorrússia, Sudão do Norte, Suécia, Finlândia, Noruega, Dinamarca e Islândia, além do país anfitrião.

Uma fonte do Ipex, citada pelo jornal Notícias, de Maputo, adiantou que o número de países e regiões presentes na edição deste ano da principal feira comercial de Moçambique deverá vir ainda a aumentar, tendo em atenção que a edição de 2015 contou com a presença de 30.

De Moçambique estavam inscritas até ao final da semana passada 3780 empresas e do estrangeiro havia o registo de 630 empresas, ainda de acordo com a entidade organizadora.

A Feira Internacional de Maputo vai contar este ano com 12 pavilhões, estando pelo menos quatro reservados para os países e expositores estrangeiros.

Fonte: Macauhub

Energia é a “luz ao fundo do túnel” para a economia de Moçambique

O sector energético, com importantes projectos em lançamento envolvendo empresas chinesas, oferece a Moçambique as melhores perspectivas para ultrapassar o período económico adverso que atravessa, de acordo com analistas.

O sector energético, com importantes projectos em lançamento envolvendo empresas chinesas, oferece a Moçambique as melhores perspectivas para ultrapassar o período económico adverso que atravessa, de acordo com analistas.


Um dos projectos recentemente lançados é o da construção de uma central eléctrica a carvão, envolvendo a Shanghai Electric Power e a Ncondezi Energy, num investimento de 25,5 milhões de dólares na província de Tete, para onde está já planeada uma outra termoeléctrica, projecto envolvendo os governos de Moçambique e da Zâmbia.

No seu mais recente relatório sobre Moçambique, a agência de notação de risco Standard & Poor´s alerta para as actuais dificuldades económicas e financeiras, estimando um crescimento do PIB real de apenas 4% este ano, um dos mais baixos das últimas décadas, mas prevê que acelere para 6% em 2017 e 7% em 2018, com investimentos no sector do gás em alta, juntamente com investimentos em redes de energia e transportes.

A construção da maior parte das linhas de caminho-de-ferro que ligam os portos do centro e norte do país a novos depósitos de carvão deve sustentar o aumento da produção carbonífera em 2016/2019, ”desde que os preços internacionais do carvão recuperem dos baixos níveis actuais”, afirma.

Mais importante ainda, a S&P crê que o governo e parceiros estrangeiros (para a exploração das reservas de gás natural liquefeito, ENI e Anadarko Petroleum) vão concluir as negociações sobre o quadro do investimento este ano” permitindo o início da construção de instalações em 2017/2018.

Para a Economist Intelligence Unit, o investimento estrangeiro manter-se-á reduzido a curto prazo, mas deverá recuperar lentamente para lá de 2017”, se o governo “tomar medidas suficientes para restabelecer o programa do FMI, o que “será um sinal crucial para os investidores de que as autoridades estão a responder à crise económica.”

A privatização de activos deverá “atrair algum investimento, enquanto a aplicação de capitais na indústria do gás poderá recuperar a médio prazo”, adianta, mas, “perante a procura global lenta das principais exportações de Moçambique, não haverá promessa de retornos elevados para atrair investidores, tendo o governo de acelerar esforços para melhorar o clima de negócios.”

A China deverá assumir-se como um dos principais clientes do gás natural de Moçambique, onde já tem estado a assegurar a sua presença, tendo a China National Offshore Oil Corp obtido o primeiro contracto de longo prazo, prevendo a compra anual de entre 2 milhões e 2,5 milhões de toneladas de gás, um quarto da capacidade de produção da primeira unidade de liquefacção associada à Área 1 da bacia do Rovuma, cuja exploração é liderada pela Anadarko Petroleum.

O interesse de petrolíferas chinesas no gás natural de Moçambique tinha já resultado na compra pela Sinopec à petrolífera italiana ENI de uma participação de 20% na Área 4, vizinha da explorada pela Anadarko Petroleum, por 4,2 mil milhões de dólares.

Segundo o Standard Bank a exportação de gás natural renderá inicialmente 67 mil milhões de dólares a Moçambique e, com seis unidades de liquefacção em funcionamento, o rendimento aumentará para 212 mil milhões de dólares.

Espera-se nos próximos meses a decisão final de investimento da ENI no projecto de Moçambique, bem como a da Anadarko Petroleum, que deverão envolver a participação também da ExxonMobil e da Qatar Petroleum, segundo noticiou recentemente a Reuters.

A ENI prevê assegurar um financiamento de 11 mil milhões de dólares, vendendo uma participação de 20% no poço “Mamba” à ExxonMobil, negócio que pode representar um encaixe de 1300 milhões de dólares para o fisco moçambicano – o equivalente às dívidas “ocultas”, cuja descoberta resultou no cancelamento de apoio do FMI e de outros parceiros.

Anunciado em Março, o gasoduto de 2600 quilómetros Rovuma/Gauteng terá o estudo de viabilidade a cargo da China Petroleum Pipeline Bureau (grupo China National Petroleum Corp, accionista na Área 4 da bacia do Rovuma) e, uma vez tomada a decisão de investimento, 70% do financiamento estará a cargo de instituições financeiras chinesas.

Para Aubrey Hruby, do Atlantic Council Africa Center, o envolvimento chinês faz com que o projecto seja ganhador para três partes.

“É um ganho para a China porque os empreiteiros chineses ficam com o negócio, é um ganho para a África do Sul e para Moçambique porque asseguram o gás de que precisam e é um ganho para o Zimbabué e para a Zâmbia porque também precisam de energia”, afirmou a analista, citada pela Interfax.

Fonte: Macauhub

Consórcio chinês constrói aeroporto em Gaza, Moçambique

O grupo chinês Anhui Foreign Economic Construction (Group) Co., Ltd., associado à empresa moçambicana de capitais chineses Sogecoa Lda. (Moçambique), foi contratado pelo governo de Moçambique para construir o futuro aeroporto da província de Gaza, escreveu o jornal Notícias, de Maputo.


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O matutino citou dados divulgados numa reunião do Ministério dos Transportes e Comunicações, recentemente realizada em Maputo, para afirmar que o futuro aeroporto de Gaza, com um custo estimado em 50 milhões de dólares, será dotado de terminais de passageiros e de carga, podendo receber aparelhos do tipo Q-400, um avião turbo hélice do fabricante canadiano Bombardier.

Responsáveis do ministério afirmaram nesse encontro ter o processo de negociação do contracto de adjudicação da obra sido concluído há dias e adiantaram que a construção do aeroporto é encarada como estratégica, dado haver expectativas de que a infra-estrutura funcione como catalisador para o desenvolvimento rápido da província, nomeadamente através da promoção do turismo.

Nesse mesmo encontro foi anunciado para Dezembro próximo a conclusão das obras de modernização da pista do aeroporto internacional de Maputo, estando em 70% a taxa de execução dos trabalhos, que incluem a colocação de um novo sistema de iluminação da pista e de condutas para o abastecimento de combustível aos aviões.

Fonte: Macauhub

Cubano faz charuto de 90 metros para celebrar aniversário de Fidel Castro

Fidel Castro, ex-presidente da ilha caribenha “ El Comandante”, completou ontem 13/08 90 anos



Um cubano resolveu produzir com as próprias mãos um presente bastante inusitado para o ex-presidente da ilha caribenha, Fidel Castro, que completa, este sábado, 90 anos.

José Castelar, (Cueto) que fez o charuto de 90 metros de comprimento, nunca conheceu o irmão do actual presidente, Raúl Castro, que deixou o poder há uma década.

Há dez dias, ele trabalhava mais de 12 horas por dia para terminar a obra com a ajuda de um grupo de colaboradores. Cueto espera desta vez alcançar seu sexto recorde no Guinness, após ter começado a produzir charutos aos 14 anos.

O charuto tem 90 metros, em comemoração aos 90 anos do nosso comandante — declarou. — O tabaco cubano é o melhor do mundo e o melhor tabaco deve estar aqui para fazer honra a isso.

O cubano diz que não sabe se o ex-presidente conhece a sua iniciativa. Em 2011, Cueto produziu o seu maior charuto, com 81,8 metros. Castro deixou de fumar há 30 anos.

Entretanto, O líder norte-coreano Kim Jong-un enviou um presente ao ex-presidente cubano Fidel Castro, que hoje celebra o seu 90º aniversário, segundo fontes oficiais.

A oferta de Kim foi entregue pelo vice-presidente do Comité de Estado da República Popular Democrática da Coreia (RPDC), Choe Ryong Hae, ao vice-presidente do Conselho de Estado da Ilha, Salvador Valdés Mesa, durante uma reunião, esta sexta-feira, em Havana.

Choe Ryong Hae, que se encontra numa visita de trabalho em Cuba, abordou com Valdés Mesa “os fraternais laços de amizade e cooperação entre os dois governos, povos e partidos”.

Censo animal de 2014 indica que Moçambique perdeu metade da sua população de elefantes

A Administração Nacional das Áreas de Conservação, ANAC, não consegue responder a demanda de fiscalização das reservas nacionais devido ao insuficiente número de fiscais no país.



A informação foi avançada, ests segunda-feira, em Maputo, pelo Chefe do Departamento de Fiscalização da ANAC, Carlos Pereira, que falava em entrevista à Rádio Moçambique.

Pereira afirma que, no país, só existem cerca de setecentos fiscais público-permanentes, para vigiar um total de doze reservas com grandes extensões geográficas.

Em consequência, os caçadores furtivos abateram, pelo menos, dez elefantes e três rinocerontes, no primeiro semestre deste ano. No período em alusão, foram detidos vinte e nove traficantes internacionais de marfim e cornos de rinocerontes.

 A venda ilegal do marfim e cornos de rinocerontes continua a ser a principal razão para o abate furtivo de espécies como elefante e rinocerontes no país.

O censo animal de 2014 indica que Moçambique perdeu metade da sua população de elefantes, estando, actualmente, situada em mais de dez mil.

Moçambique: Cresce número de leões abatidos para uso em rituais tradicionais

Em Moçambique cresce o número de leões abatidos para extracção de partes do corpo para rituais tradicionais, principalmente na Ásia.



O médio veterinário do Parque Nacional da Gorongosa, em Sofala, Rui Branco, disse à Radio Moçambique que só nos últimos dois anos, aquela reserva perdeu seis leões.

Branco que falava, esta quarta-feira, por ocasião do Dia Mundial do Leão, explicou que a procura de unhas, dentes e ossos para rituais tradicionais na China, coloca o Leão em vias de extinção. (RM Sofala)

Economia de Moçambique deverá crescer apenas 3,8% em 2016

A economia de Moçambique deverá crescer este ano a uma taxa real de 3,8%, antes de voltar a subir para valores entre 4,2% e 5,6% nos anos de 2017 a 2020, de acordo com o mais recente relatório da Economist Inteligence Unit (EIU).



O crescimento económico a ocorrer este ano é o mais baixo dos últimos 15 anos e reflecte a quebra da despesa do governo, a quebra do investimento directo estrangeiro decorrente de um fraco ambiente de negócios e a quebra da produção agrícola na sequência de perturbações climatéricas.

A EIU afirmou esperar que a partir de 2017 tenha lugar uma aceleração gradual do crescimento económico, à medida que a estabilidade macroeconómica melhora e a confiança dos investidores recupera mas adiantou que esse crescimento, a uma média de 5,1% no período de 2017 a 2020, ficará longe da média de 7,2% da década anterior.

A produção de carvão manter-se-á um factor-chave para o crescimento, devido ao esperado aumento dos preços do minério entre 2017 e 2018, a procura robusta por parte da Índia e dos esforços das empresas mineiras para reduzirem os respectivos custos de funcionamento.

A EIU menciona o risco associado ao agravamento das condições de segurança nas regiões mineiras de Moçambique, bem como perturbações na rede logística que permite o escoamento de carvão e de outros minérios, mas adiantou deverem as empresas mineiras manterem-se empenhadas nos respectivos projectos.

A produção agrícola deverá retomar em 2017 à medida que esmorecem os efeitos do El Niño mas o crescimento manter-se-á baixo devido à baixa produtividade das explorações familiares, na sua maior parte de subsistência e aos baixos preços associados às principais culturas de rendimento, açúcar, chá e algodão.

A inflação, que em Junho se cifrou em 19,7% em termos homólogos, deverá manter-se elevada, devido à rápida desvalorização da moeda moçambicana face às principais divisas, prevendo a EIU que encerre o ano em curso a 17,1%, o valor mais elevada em mais de uma década.

O investimento ou formação bruta de capital fixo deverá ser negativo este ano, com uma taxa de -1,2%, antes de voltar a subir para 0,5% em 2017 e 2,9% em 2018 e para valores entre 11,2% e 11,6% nos anos de 2019 e 2020.

Fonte: Macauhub

China foi o maior investidor em Moçambique no 1.º semestre de 2016

A China foi o maior investidor em Moçambique no primeiro semestre com 154 milhões de dólares, quase 60% do total do investimento directo estrangeiro, de acordo com dados do Centro de Promoção de Investimentos (CPI).

Segue-se a grande distância a África do Sul, com 45 milhões de dólares, as Maurícias, com 29 milhões de dólares, o Reino Unido, com 22 milhões de dólares (20 milhões de euros), e Portugal, com 14 milhões de dólares.

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Os restantes países na lista dos dez principais investidores são a Turquia, Itália, Índia, Espanha e Estados Unidos.

Segundo o CPI o investimento directo aprovado por Moçambique no primeiro semestre cifrou-se em 478 milhões de dólares.

Os dados revelam que daquele montante 304 milhões de dólares foram investimento directo estrangeiro, 52 milhões de dólares investimento directo nacional e 122 milhões de dólares tiveram origem em suprimentos e empréstimos.

Os mesmos dados revelam que todas as formas de investimento sofreram descidas acentuadas, com o estrangeiro a baixar 54% e o nacional 56%.

Do investimento estrangeiro aprovado pelo CPI, quase 80% está concentrado no sector da construção e obras públicas, indústria, agricultura e agro-indústria e mais de metade (55%) abrange as províncias de Maputo e Cidade de Maputo, a que se segue, com 21%, a província de Sofala.

Fonte: Macauhub

China busca vida alienígena com telescópio gigante

A China levantou neste domingo a última peça necessária para ajustar a posição do que será o maior radiotelescópio do mundo, que será usado para explorar o espaço e ajudar na busca por vida extraterrestre, informou a mídia estatal.



O telescópio, com uma abertura esférica de 500 metros, mede o equivalente a 30 campos de futebol e está encravado numa montanha na pobre província de Guizhou, ao sudeste do país.

De acordo com Zheng Xiaonian, vice-presidente da Observação Astronómica Nacional, da Academia Chinesa de Ciências, responsável pela construção do equipamento, os cientistas agora darão início a testes do telescópio.

"O projecto tem potencial de buscar mais objectos desconhecidos, para que possamos compreender melhor a origem do universo e impulsionar a caçada global por vida extraterrestre", disse Zheng à agência oficial Xinhua.


O telescópio que custou 1,2 biliões de yuans (180 milhões de dólares) será um líder global durante as próximas duas décadas, acrescentou Zheng. O equipamento levou cerca de cinco anos para ser construído e deverá entrar em operação em Setembro.

O avanço do programa espacial da China é uma prioridade para Pequim, com um apelo do presidente Xi Jinping para que o país se estabeleça como uma potência espacial. As ambições da China incluem colocar um homem na Lua até 2036 e a construção de uma estação espacial, cujas obras já começaram.

Embora a China insista que o seu programa tem fins pacíficos, o Departamento de Estado dos EUA destacou o crescente poderio espacial dos chineses e disse que essas actividades buscam prevenir o uso de activos no espaço por adversários numa eventual crise.

Governo publica ter criado mais de 300 mil empregos mas só menos de um terço entrou para a segurança social em Moçambique

Todos os anos cerca de 300 mil jovens moçambicanos atingem a idade economicamente activa e procuram o seu primeiro emprego. Durante 39 anos de independência o sector público e privado criou somente 1.366.738 postos de trabalho mas o Presidente Filipe Jacinto Nyusi propôs-se, através do seu plano quinquenal, a criar em apenas cinco anos 1.483.562 novos empregos.


Todos os anos cerca de 300 mil jovens moçambicanos atingem a idade economicamente activa e procuram o seu primeiro emprego. Durante 39 anos de independência o sector público e privado criou somente 1.366.738 postos de trabalho mas o Presidente Filipe Jacinto Nyusi propôs-se, através do seu plano quinquenal, a criar em apenas cinco anos 1.483.562 novos empregos.

“Criámos 302 188 empregos em 2015” disse em Fevereiro passado a ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social, Vitória Diogo. Todavia, em igual período, o Instituto Nacional de Segurança Social apenas registou 86.452 novos beneficiários. A explicação para a disparidade é que 215.736 empregos não foram criados e uma das evidências é o grande número de jovens envolvidos na criminalidade nos centros urbanos.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Governo de Nyusi vai gastar mais de 36 biliões de meticais sem dar satisfações

O Orçamento de Estado revisto pelo Governo de Filipe Nyusi, e aprovado pelos deputados do partido Frelimo na Assembleia da República, tem inscritos 36,4 biliões de meticais para gastos não especificados. Este montante poderá ter sido previsto para pagar o empréstimo da Mozambique Magement Asset(MAM), ilegalmente avalizado pelo Estado em 2014.

 

Na passada quinta-feira(28), discursando na conferência anual do sector privado o Presidente Filipe Nyusi reconheceu que Moçambique atingiu “um nível de risco elevado de sobre endividamento” contudo o Orçamento de Estado rectificativo que o seu Executivo aprovou no Parlamento prevê que o País possa endividar-se em mais 26,1 biliões de meticais.

Questionado pelos deputados dos partidos de oposição o Governo não explicou que Garantias e Avales pretende emitir durante o exercício financeiro de 2016.

Além deste montante também é desconhecida a finalidade dos 10,3 biliões de meticais que o Governo inscreveu na rubrica de “Demais Despesas Correntes” do Orçamento revisto para este ano.

Recordando que a empresa estatal Mozambique Magement Asset(MAM) tem a primeira amortização do seu empréstimo de 535 milhões de dólares norte-americanos em atraso, desde 23 Maio, junto do banco russo VTB é plausível julgar que parte destes biliões inscritos no Orçamento de Estado rectificativo de 2016 poderá ser usado para pagar os credores que podem accionar a Garantia emitida pelo Estado em 2014.

O valor poderá ser ainda usado para assumir como dívida Pública a totalidade da dívida desta empresa, criada em 2014, que tem como accionistas a empresa GIPS (Gestão de Investimentos, Participações e Serviços, Limitada), uma entidade participada pelos Serviços Sociais do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE), com 98% , a Empresa Moçambicana de Atum (EMATUM) - que também é participada pela GIPS em 33% -, e a Proindicus com o restante 1% - outra empresa participada pela GIPS em 50%.

É que ao contrário da EMATUM e Proindicus que com os empréstimos que contraíram adquiriram algum património visível, nomeadamente barcos de pesca e embarcações de vigilância marítima, a MAM não tem nenhum bem físico que possa ter custado mais de meio bilião de dólares.

Dobro da unidade nacional e paz, triplo do emprego e competitividade


Diga-se que estes 36,4 biliões de meticais são superiores a todo orçamento previsto para as despesas de funcionamento e investimento dos distritos em 2016 e equipara-se ao total orçamentado o funcionamento e investimento em todas as províncias.

Este montante que o Governo de Nyusi não explica a finalidade é três vezes superior o orçamento previsto gastar na promoção de emprego, melhorar a produtividade e competividade, 11,1 biliões de meticais é o total que será gasto nesta que é uma prioridade do próprio Executivo.

O valor representa ainda o dobro do total previsto na primeira prioridade do Governo de Filipe Nyusi, “consolidar a Unidade Nacional, Paz e Soberania, que tem um custo estimado em 17,9 biliões de meticais durante o corrente ano.

@Verdade

Agente da Polícia morto a machado e outro gravemente ferido em Maputo

Um agente da Polícia da República de Moçambique (PRM) cuja identidade não apurámos perdeu a vida e outro está gravemente ferido, em consequência de terem sido agredido com recurso a instrumentos contundentes, por um grupo de supostos assaltantes, no bairro George Dimitrov, vulgo Benfica, na cidade de Maputo.



A Polícia da 15ª esquadra, sita naquele bairro, já deteve alguns malfeitores e está no encalço de outros. O policial ferido encontra-se, neste momento, a lutar pela vida na sala de reanimação do Hospital Central de Maputo (HCM), enquanto o outro pereceu a caminho do hospital.

Um dos jovens que faz parte dos homicidas admitiu o seu envolvimento no crime e revelou que o grupo é composto por sete elementos. Todavia, quando começa a enumerar os nomes da gangue (usando alcunhas) a lista vai para além do número a que se referiu.

Dos sete membros da aludida quadrilha, segundo o acusado, alguns vivem no bairro George Dimitrov e outros na KaTembe. Além da morte e ferimento dos policiais em questão, o bando é indiciado de semear terror naquela zona e há tempo que era procurado pelas autoridades.

De acordo com o incriminado, o machado e o martelo encontrados em sua posse eram usados para ameaçar, agredir as pessoas e arrancar-lhes bens tais como dinheiro. Eles cometeram vários assaltos usando os mesmos instrumentos, que altura em que foram recolhidos pela Polícia estavam bastante ensanguentados.

O outro integrante da quadrilha negou ter participado no crime e alegou que é vendedor. Na altura em que os seus amigos agrediram fisicamente os agentes da Lei e Ordem ele não se encontrava na companhia de nenhum de deles, mas, sim, no mercado. “Só fiquei a saber deste crime aqui na esquadra e não sei por que é que estou preso”.

Refira-se que quando um grupo de meliantes chega a agredir e matar uma pessoa cuja missão é garantir a ordem, segurança e tranquilidade públicas, não só é uma afronta e desrespeito à Polícia no seu todo, mas pode ser, também, um sinal de escalada da criminalidade nos centros urbanos, facto quem tem vivo a ganhar contornos alarmantes, pese embora as autoridades policiais não assumam.

No seu recente informe anual sobre o estado da justiça em Moçambique, apresentado ao Parlamento, a Procuradora-Geral da República (PGR), Beatriz Buchil, reconheceu o país continua a registar crimes, na sua maioria protagonizados por jovens, cuja prevenção e combate exigem mais esforços de toda a sociedade.

@Verdade

Boko Haram ameaça bombardear igrejas e matar cristãos na África

Novo líder do grupo terrorista foi anunciado e disse que deve parar de atacar mesquitas

 Membros do Boko Haram na chamada Província da África Ocidental do Estado Islâmico Reprodução/independent.co.uk
Membros do Boko Haram na chamada Província da África Ocidental do Estado Islâmico Reprodução/independent.co.uk
Militantes do Boko Haram anunciaram que o grupo tem um novo líder, identificado como Abu Musab al Barnawi pelo jornal do Estado Islâmico Al Nabaa. Ainda segundo a publicação, ele teria ameaçado bombardear igrejas e matar cristãos, acabando com os ataques contra mesquitas e mercados usados por muçulmanos.

Barnawi diz ainda que há um complô ocidental para cristianizar a região chamada pelo grupo de Província da África Ocidental do Estado Islâmico (ISWAP, na sigla em inglês), que engloba a Nigéria e alguns países vizinhos, e acusou instituições de usarem caridade para este fim.

O texto não diz o que aconteceu a Abubakar Shekau, líder anterior do grupo, mas há rumores de que ele tenha sido substituído.
No ano passado, o Boko Haram jurou lealdade ao grupo terrorista EI (Estado Islâmico).

“Nós anunciamos nossa fidelidade ao califa... e iremos ouvi-lo e obedecê-lo em tempos de dificuldade e prosperidade”, dizia a tradução para o inglês de um vídeo divulgado em árabe que supostamente é do grupo militante nigeriano.

A promessa foi atribuída ao então líder, Shekau.

O Boko Haram vem travando uma campanha militar há seis anos para criar um Estado islâmico no norte da Nigéria. Milhares de pessoas já foram mortas ou sequestradas pelo grupo, incluindo um grupo de estudantes levadas de uma escola na cidade de Chibok.