O crime aconteceu na residência da vítima, órfã de pais. Para além de hematomas no rosto do corpo, ela está gravemente ferida do pescoço à cabeça.
A miúda foi humilhada de tal sorte que o suposto estuprador arrancou-lhe as mexas com cabelo, causando-lhe ferimentos no couro cabeludo.
Segundo a rapariga, ela e um grupo de primas estavam a comorar a chegada do novo ano numa barraca situada um pouco distante da casa da tia, onde vive.
Ela recorda ainda que antes da consumação do crime foi-lhe oferecido um sumo alegadamente com uma substância que lhe causou sonolência e mal-estar.
Quando a adolescente começou a passar mal, de repente, pediu para que as primas a levassem para a residência de uma outra parente, que vivia perto do local onde se encontravam. Durante o percurso, o suposto violador fez-se passar por uma pessoa de boa-fé e ofereceu-se para prestar ajuda. Durante a caminhada ninguém suspeitou de nada.
Contudo, depois de ter deixado a miúda em casa, a dormir, o jovem retornou à mesma residência para colocar em prática o seu plano macabro. A família da menor a acredita que ele passou a acompanhar os movimentos da rapariga, à espera que o sumo oferecido à vítima fizesse efeito.
Chegado ao local dos factos, o jovem que tem mulher e é pais de dois filhos submeteu a rapariga a uma sessão de tortura física, proferiu insultos que ofendiam a memória da adolescente e abusou dela.
A vítima ainda está assustada devido ao trauma. Com a voz trémula, relatou que só se lembra de dois momentos: quando subiu na cama para dormir e da altura em que, de repente, “alguém começou a bater-me agressivamente”.
Ela perguntou qual era o motivo de tanta pancadaria mas o jovem só proferia insultos. “Procurei saber o que ele queria e sempre que eu perguntava alguma coisa batia-me mais vezes e com agressividade”.
A menina trazia um colar ao pescoço, segundo contou, e o seu agressor tentou usá-lo para estrangulá-la. Dada a gravidade da violência, a vítima perdeu os sentidos, ficou prostrado na cama e foi reanimada no hospital.
“Ele derrubou a porta do quarto onde a minha sobrinha estava a dormir para poder violar a ela”, disse a tia da ofendida, explicando que se apercebeu de que alguma coisa errada no quarto da menina quando se aproximou para verificar se ela estava a dormir bem.
“Vi a porta aberta e estragada, mexas e vestígios de sangue no chão. Aproximei-me da cama da miúda mas ela estava desacordada com o estuprador ao lado dela, a dormir um sono profundo”.
O principal suspeito deste crime vive no município da Matola e estava no bairro de Chamanculo para a festa de transição do ano, de acordo com as suas próprias palavras.
Agora, ele encontra-se sob custódia da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Maputo e foi conduzido para a 18a esquadra.
O indiciado atira as responsabilidades ao álcool e alegou que não se lembra de nada
Refira-se que 156 mulheres, entre elas crianças com idade inferior a 15 anos, foram abusadas sexualmente em diferentes províncias moçambicanas entre o fim-de-semana da transição do ano e 02 de Janeiro em curso.
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