O Gabinete Central para a Luta contra a Corrupção (CCG) acusou Tchami, depois de descobrir que ele havia concedido nada menos que 25 contratos LAM a uma empresa de construção de propriedade de seu irmão.
O trabalho consistia em reparar e reabilitar vários edifícios e instalações da LAM. Durante o período em que Tchamo foi diretor financeiro (2008-2014), a LAM pagou mais de 5,3 milhões de meticais (cerca de 177.000 dólares norte-americanos, à taxa de câmbio do tempo) para a empresa de seu irmão.
O tribunal considerou que o comportamento de Tchamo constituía um abuso de posição e um conflito de interesses, e deu-lhe uma pena suspensa de dois anos. O caso tinha chegado à atenção do GCCC depois de ter sido denunciado na mídia moçambicana em 2014.
Este caso não está diretamente relacionado a um segundo escândalo LAM, muito maior, envolvendo o pagamento de um suborno de 800 mil dólares em 2009 pelo fabricante brasileiro de aviões Embraer, para garantir que a LAM compre duas aeronaves da Embraer.
Jeremias Tchamo |
A Embraer confessou aos promotores brasileiros e estadunidenses que havia subornado funcionários em Moçambique, República Dominicana, Índia e Arábia Saudita. Um documento do Ministério Público Federal nomeia dois moçambicanos envolvidos no suborno - o então presidente do LAM, José Viegas, e Mateus Zimba, então diretor local da petroquímica sul-africana Sasol, que atuava como intermediário.
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